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Mercado Público Municipal. Foto: Guia Floripa


Morar em um lugar diferente daquele que se nasce é sempre uma grande experiência e uma possibilidade de aprendizagem. Aqui em Florianópolis, temos vivido as diferenças regionais desse nosso grande Brasil e percebido que mesmo não tão distante de nossa cidade natal (São Paulo) a cultura da nossa nova cidade nos surpreende pelas diferenças que encontramos.

Uma das coisas que para nós, "de fora",  chama a atenção é o sotaque dos manezinhos da Ilha. O sotaque mané é uma fala rápida e bastante ritmada, que usa bastante o X ao invés do S, além dos diminutivos e, como em tantas partes aqui do Sul, é usado o "Tu" ao invés do "Você", que falamos em boa parte do Sudeste. É um sotaque muito bonitinho (... olha eu no diminutivinho!), mas que já nos confundiu em alguns momentos por causa da fala rápida e tivemos que pedir para a pessoa repetir o que falava. 

Outra diferença que já nos rendeu risadas são os diferentes nomes para algumas coisas que conhecemos por outro nome. Logo que chegamos aqui, fui procurar pelas lojinhas do bairro que moramos um "benjamim", mas ninguém conhecia. Até que em uma outra lojinha, o moço que me atendeu, percebendo o meu sotaque e confirmando com uma pergunta se eu era de São Paulo, falou: "ahhh, tu queres um T! sei disso porque uma vez no hotel que estava em São Paulo, pedi um 'T' e quase ganhei um pedaço de cano (Em São Paulo, é chamado de 'T' uma parte de cano plástico que faz curva para fazer emenda)". Pois é, o multiplicador de tomadas que chamamos em São Paulo de "benjamim" aqui é "T"!!!

No mercado também já passamos confusão ao perguntar se tinha alho-poró, só depois vimos que aqui é chamado de cebolão!!! Ou a mandioquinha, que aqui é batata-salsa! Até na padaria, quando pedimos pão francês... que aqui é chamado de pão de trigo. Enfim, são muitos termos novos para velhas coisas conhecidas nossas, aqui abaixo estão alguns exemplos que percebemos até agora:

Em Florianópolis                                    Em São Paulo 

Biscoito fura-bolo                                     Biscoito champagne
Joelhinho crocante                                    Bolacha de sequilho
Cebolão                                                   Alho-poró
Batata salsa                                              Mandioquinha
Banana Caturra                                        Banana Nanica   
Banana Branca                                         Banana Prata
Bergamota                                               Mexirica
Couve Inglesa                                          Acelga
Aipim                                                      Mandioca
Pão de trigo                                             Pão francês
Fervedor                                                  Leiteira
Pão duro/lambe lambe                              Colher grande
Tele-entrega                                             Delivery
Pila                                                           Reais (dinheiro, em São Paulo... pau)
Lavação                                                   Lava-rápido
Sinaleira                                                   Semáforo
Rótula                                                      Rotatória
T                                                              Benjamim 

Meninos batendo uma bola na praia de Ponta das Canas. Foto: Gui e Mi Moki.

Criança jogando bola é uma graça! Essas estavam todas animadas nas areias da praia de Ponta das Canas, no norte da Ilha de Santa Catarina. Depois do almoço, demos um tempo assistindo o jogo da molecada... mas não durou muito, começaram uma discussão e cada um foi para um canto!


Tainhas na areia da Praia da Lagoinha. Foto: Gui e Mi Moki

A temporada da pesca das tainhas começou dia 15 de maio e estará aberta até 15 de julho. É nesse período de frio que as tainhas saem do Rio Grande do Sul para Santa Catarina para se reproduzirem, entre os meses de julho e novembro, em águas mais quentes.

 A pesca da tainha realizada na Ilha é linda de se ver! São vários pescadores artesanais que ficam à beira da areia olhando com tanta atenção para o mar e esperando o momento certo do lanço. Domingos atrás, vimos na praia da Lagoinha (no norte da Ilha) um monte de tainhas que tinham acabado de serem pegas e estavam na areia. Os pescadores estavam colocando as tainhas em caixas e colocando em caminhões refrigerados, provavelmente para levar para vender super frescas pelos mercados. Ainda caminhando pela praia, vimos um grupo de pescadores que estavam mais a frente, observando o mar, quando um deles soprou um apito. Esse apito devia ser algum código que avisava que as tainhas estavam por lá, pois os pescadores ao escutá-lo sairam correndo, uns até pulavam de alegria! Paramos para ver o grupo que saiu de barco, enquanto outros ficaram em posição na areia. Infelizmente, não teve lanço... ou se teve, não tivemos paciência de ficar esperando!

Da Lagoinha aproveitamos para almoçar, uma tainha é claro, na praia da Pontas das Canas. Comemos a melhor de todas as tainhas que já havíamos provado! O pessoal do restaurante (Rest. Ocean House, Rua dep. Fernando Vieigas, 143, na frente da praia de Ponta das Canas) falaram que as tainhas que estavam servindo ali tinham vindo diretamente dessa pesca na praia da Lagoinha pela manhã, ou seja, mais fresca que nunca! Como disseram, nem precisou de gelo!!! A tainha grelhada deliciosa (serve duas pessoas), acompanhada de arroz, pirão e batata sai por R$ 29,00.

Se você quiser saber mais sobre a pesca da tainha aqui em Floripa, acesse o Blog Tainha na Rede, que mostra as tainhas da praia do Pântano do Sul, no sul da Ilha!

Tainhas na areia da Praia da Lagoinha. Foto: Gui e Mi Moki




Pescadores colocando as tainhas nas caixas. Foto: Gui e Mi Moki

Tainhas na areia da Praia da Lagoinha. Foto: Gui e Mi Moki





Barcos na Praia da Lagoinha. Foto: Gui e Mi Moki.


Barcos de pesca na Praia da Lagoinha. Foto: Gui e Mi Moki




Pescadores saindo para o mar. Foto: Gui e Mi Moki

Pescadores esperando na areia. Foto: Gui e Mi Moki


Tainha grelhada do Ocean House, na Praia de Ponta das Canas. Foto: Gui e Mi Moki

Udon daqui de casa: com cenoura, aguê, ovo, gobô e shiitake... o macarrão está por baixo ;)

Uma comidinha japonesa que amamos é o Udon, um tipo de sopa com caldo feito de shoyo com macarrão e vários tipos de cobertura. É uma prato delicioso para comer agora que as temperaturas estão um pouco mais baixas. Muitos dos ingredientes que foram usados nesse Udon vieram de presente de São Paulo, mas aqui em Florianópolis existem também algumas lojas especializadas em produtos japoneses. Bem, na verdade, algumas não... pelo que pesquisamos são duas lojas, uma na Trindade (que já conhecemos e compramos, é a Sayuri, na R. Lauro Linhares, 1371) e a outra perto da Pça. dos Bombeiros (que tentamos algumas vezes encontrar, mas nada de achar a loja!). Mas é possível achar produtos orientais nos supermercados daqui, o problema são os preços... tem produto que chega a custar três vezes mais daquilo que pagávamos em São Paulo.

Receita de Udon (essa é só uma das várias formas que existem de preparar o Udon)

- Frite cebola e refogue rapidamente gobô (é o mesmo que bardana) cortado em pequenas pedaços, cenoura fatiada em pequenos pedaços, aguê (tofu frito industrializado) fatiado e shiitake fatiado.
- Acrescente água (1 litro), shoyo a gosto, 1 sachê de hondashi  (tempero à base de peixe da Ajinomoto) e sal. Deixe ferver.
- Em outra panela, cozinhe macarrão para Udon (macarrão japonês feito com farinha de trigo, é um macarrão grosso).
- Sirva quente em uma tigela com o macarrão por baixo, caldo e os outros ingredientes por cima. Se quiser, sirva também com ovo e cebolinha picada.

Canto esquerdo da Praia Brava - Fotos: Gui e Mi Moki



Nos últimos dias têm chovido bastante aqui em Floripa e está um pouco friozinho também, as fotos da Praia Brava que estão aqui tiramos no começo de Maio quando fomos caminhar em um domingo de manhã ensolarada. Essa linda praia de Floripa fica no norte da Ilha, distante mais de 30 km do centro. É uma praia pequena, com não mais que 1,5 km de extensão, cercada de um verde maravilhoso que contrasta com os prédios de alto padrão que tem ali. A Brava tem ondas muito fortes e oferece ótimas condições para a prática do surf.


Surfista no mar, apesa da água fria. Fotos: Gui e Mi Moki.


As cores do verão desbotando só na propaganda. Foto: Gui e Mi Moki.


Calçamento na frente dos prédios. Foto: Gui e Mi Moki.




Pescador esperando o momento certo de lançar a rede. Foto: Gui e Mi Moki.

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